Decidi que nos próximos
textos que irei redigir serão sobre experiências pessoais, então irei me
apresentar rapidamente, assim nos tornaremos mais próximos e estabeleceremos um
clima familiar.
Meu nome é Ana Paula, tenho 19 anos, moro em Dourados-Mato Grosso Do Sul, sou filha adotiva e tenho uma
família maravilhosa: meus pais Kazuo e Eunice e meu irmão Kiichi de 13 anos. Bem
esta é uma pequena introdução, espero poder partilhar com vocês um pouco da
minha experiência de vida. E hoje quero falar um pouco da minha adoção.
A realidade de filha adotiva,
nunca teve uma influencia sobre mim, pois desde criança meus pais sempre me diziam,
e com certeza, da melhor forma, que eu era filha do “coração” e deixavam claro
que a inexistência dos laços genéticos não interferiam no amor que eles tinham
por mim. Compreendi que o verdadeiro amor é aquele que vem de dentro, meus pais
me escolheram e então me amaram, consecutivamente penso que também os escolhi,
pois é tudo o que eu pensava em ter, então os amo.
Meu pai me conta que às
vezes eu perguntava: “Pai, se meu outro pai vir me buscar, você o coloca para
correr? Não quero ir, vocês são meus pais!” Vejam o que o amor pode fazer com
uma criança. Sei que o fato de meus pais terem me adotado ainda recém-nascida
influenciou para que nossos laços fossem mais fortes e puros, porem eles poderiam
ter escolhido não dizer que eu era filha adotiva, Pelo medo deste fato
influenciar na minha vida. Entretanto, depois de um tempo, eu poderia acabar
descobrindo e com certeza seria pior, mas o amor deles era tanto que tinha
certeza que ao contar eu me sentiria ainda mais parte deles.
Ser filho adotivo é uma dádiva divina, pois é inexplicável como é tão forte os sentimentos envolvidos.
Ter uma família é o bem mais importante para mim, meus pais foram construtores
do que sou hoje, eles que me ensinaram as primeiras palavras, me ajudaram nos
primeiros passos. Foram eles que lutaram para me proporcionar a melhor educação,
melhor estrutura pessoal, lutaram para que eu pudesse ser uma pessoa totalmente
feliz.
Devemos dar valor aos
nossos pais, sejam eles adotivos ou biológicos, porque é tudo de mais precioso
que temos na vida. São eles que dariam a vida por nós, renunciariam sua vida
pessoal para conceber uma criança em seus braços e saber que é como uma folha
em branco, que eles serão responsáveis por preenchê-la também. Se eles acertaram
ou erram isso não cabe a nós julgar, pois tudo o que fizeram foi por amor. Até
a próxima.